Fla cerca muito, machuca quase nada, e aumenta lista de fracassos na Taça Libertadores

30 de agosto, 2018 às 11:18 am horas

Um time que cerca, mas não machuca. Domina, mas não se impõe. Vence, mas não se classifica.

Dizer que o Flamengo fez uma partida ruim na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, na noite de quarta-feira, no Mineirão, seria mentira. Por outro lado, não exibiu nada que transformasse em injusta a eliminação nas oitavas de final da Libertadores. E isso não passa somente pela derrota no Maracanã.

Claro que o 2 a 0 para os mineiros no Rio de Janeiro teve influência direta no ritmo da partida de Belo Horizonte. Para ser mais específico, o gol de Arrascaeta, logo aos dez minutos da etapa inicial, já deu ao Cruzeiro as rédeas do confronto há três semanas. Condição que o Flamengo não conseguiu trazer para si, por mais que apresentasse qualidades no Mineirão.

Mesmo sob pressão, a equipe de Maurício Barbieri raramente se desorganizou. Mesmo diante de um estádio pintado de azul, soube ter o domínio das ações. O problema é que mesmo assim praticamente não colocou em risco a classificação celeste. Sejamos objetivos: não houve um momento de pressão ou grande defesa de Fábio.

Fatores que fizeram com que Barbieri apelasse para um fato novo, que não funcionou: escalar Vitinho centralizado com a entrada de Marlos Moreno no lugar de Henrique Dourado, aberto pela esquerda. Era uma alternativa para machucar mais o Cruzeiro no campo ofensivo, mas Mano Menezes soube se preparar para sair de campo com a vaga e apenas ferimentos leves.

Com linhas bem definidas, os mineiros se fechavam em seu campo e deixavam a bola com o Flamengo. O quarteto defensivo praticamente não avançava muito além da grande área, limitando os espaços para circulação e ações em velocidade dos atacantes rivais. Era um ônibus estacionado na entrada da área, como dizem os ingleses, que obrigava o Rubro-Negro a apelar para chutes de fora.

GE

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