O vice-prefeito Manoel Junior (PSC), que anunciou, há pouco, nesta quarta-feira (05), rompimento com Luciano Cartaxo e adesão ao candidato do MDB a governador, José Maranhão, reuniu-se na noite de ontem (04) com o prefeito para comunicar a sua decisão, e pontuou que foi uma conversa difícil. Manoel Junior apontou a falta de compromisso de Cartaxo como motivação para o rompimento e revelou ao Portal ClickPB que apoiadores seus estavam sofrendo cooptação dentro da prefeitura.
“Você, por exemplo, ter, dentro da administração, pessoas extremamente ligadas a mim tendo indução para votar em outro candidato a deputado federal é algo que realmente não dá para suportar”, disse Manoel Junior. Ele se disse decepcionado por causa desses compromissos não cumpridos e reclamou que, apesar de ser o vice-prefeito da Capital, tem “dentro da administração, praticamente todas as secretarias ou todos os secretários em função de outras candidaturas, e aquele que fez o sacrifício da renúncia, do apelo em favor coletivo, em um terceiro plano”.
Ele lembra que foi preterido duas vezes pelo bloco do candidato a governador Lucélio Cartaxo, na pretensão de ser candidato a senador, primeiro com Raimundo Lira e depois com Daniella Ribeiro, uma “invenção de última hora”, classificou.
Manoel Junior explicou que, politicamente, a sua atitude de aderir a Maranhão significa “dizer que eu não compactuo com esse projeto aí, do ponto de vista administrativo”, disse.
“Eu tive com o prefeito, ontem, para não fazer aquilo que efetivamente aconteceu quando, por telefone, ele me comunicou que ia permanecer na prefeitura. Então fui discutir com ele algumas questões relacionadas ao processo eleitoral e, obviamente, a conversa é sempre extremamente difícil, porque eu honro compromissos assumidos e esperava que os compromissos assumidos pudessem ser honrados comigo. E para ficar bem claro, quando digo compromisso, é compromisso político-eleitoral”, disse Manoel Junior.
Ao candidato a governador José Maranhão, Manoel comunicou sua decisão por telefone.
Manoel Junior se queixa de ter sofrido “rasteiras” apesar de ter feito sacrifícios de ordem pessoal, dentro de compromissos que foram assumidos e que não foram honrados. “Esse gesto que eu estuo tomando é uma atitude extremamente pensada. Nós precisamos de alguém no Governo do Estado, nesse momento de turbulência do país, que tem experiência, eu só vejo isso no senador José Maranhão”, explicou.
Questionado sobre a possibilidade de sofrer perseguição, à frente da vice-governadoria, a partir de agora, Manoel Junior disse que não tem cargos para serem demitidos, pois apesar de ser vice-prefeito, sua participação em termos de cargos é irrisória. “Você pode pegar um vereador suplente que esteja assumindo um cargo de vereador, hoje, na cidade de João Pessoa. Ele tem mais cargos na prefeitura do que eu”, disse Manoel Junior. Mas garantiu que continuará trabalhando por João Pessoa. “Eu sou o vice-prefeito da cidade porque fui eleito pelo povo também. Eu continuarei servindo à cidade de João Pessoa na condição de vice-prefeito”, garantiu.
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